Ar Condicionado e Classe Energética: O Que Deve Saber Antes de Comprar em 2025

No passado, comprar um ar condicionado em Portugal era muitas vezes uma questão de perguntar: “Quão potente é?” ou “Quanto custa?”. Hoje, essas perguntas continuam importantes — mas já não são suficientes. Em 2025, com os preços da eletricidade ainda elevados e as preocupações climáticas cada vez mais fortes, há uma nova pergunta que importa mais do que nunca: “Quão eficiente é?”

Se recentemente procurou eletrodomésticos, provavelmente notou o autocolante colorido na frente de cada aparelho — a etiqueta energética da UE. Talvez tenha visto um “A+++” verde num frigorífico, ou um “E” vermelho num modelo mais antigo de máquina de lavar. Estas etiquetas são mais do que design: são uma janela para o custo real de utilização ao longo do tempo.

Mas em 2021, a União Europeia fez uma mudança importante. As etiquetas antigas — com a confusa combinação de A+, A++, A+++ — foram substituídas por uma escala simplificada de A a G. A ideia foi tornar mais claro quais os produtos realmente eficientes no mundo atual e quais estão apenas a beneficiar de normas ultrapassadas.

Para os ar condicionados, isto significa algumas coisas. Primeiro: uma classificação “A” em 2025 não é o mesmo que um “A+++” de 2020. É muito mais difícil de alcançar, e apenas os equipamentos mais avançados — frequentemente com tecnologia inverter, fluxo de ar otimizado e regulação inteligente — conseguem essa marca.

Segundo, a classificação é dividida entre duas estações: arrefecimento e aquecimento. Embora muitas casas em Portugal usem AC apenas no verão, cada vez mais pessoas contam com eles também para aquecimento durante os invernos amenos. A etiqueta energética mostra agora a eficiência em ambos os modos — e pode surpreender-se com a diferença.

Então, como é que isto o afeta como comprador?

Imaginemos duas unidades de AC. Uma tem classificação “A” para arrefecimento, a outra “C”. Num verão quente em Lisboa, ambas podem arrefecer a divisão — mas a diferença vê-se na fatura da EDP. A unidade com melhor classificação pode usar 30–40% menos energia, mês após mês, ano após ano. Ao longo da vida útil do sistema, isso pode significar centenas de euros poupados — sem contar com menos emissões e uma pegada ambiental mais reduzida.

Também vale a pena notar que muitos modelos de baixo custo anunciados online podem parecer atrativos à primeira vista, mas frequentemente têm classificações energéticas mais baixas, níveis de ruído mais altos ou componentes menos fiáveis. O que parece uma poupança em maio pode sair caro em agosto.

Marcas como HYUNDAI fizeram da eficiência energética um pilar de design. Em 2025, todos os modelos residenciais principais — como T-Pro+, JetStream e Klima Plus — têm classificação A ou superior, graças a motores inverter avançados, regulação precisa de temperatura e controlo inteligente via aplicações móveis. Isto significa conforto sem comprometer a responsabilidade.

Por fim, não se esqueça do papel do instalador. Mesmo o melhor equipamento tem fraco desempenho se for mal instalado. Um profissional certificado garante que o AC funciona com a eficiência pretendida — verificando o fluxo de ar, a colocação, o isolamento e a calibração do sistema.

No final, um ar condicionado não é apenas uma ferramenta sazonal. É um investimento de longo prazo no conforto da sua casa, nas suas despesas mensais e no seu impacto ambiental.

Por isso, quando comparar sistemas nesta primavera, não pergunte apenas “Quão potente é?”. Olhe com atenção para a pequena etiqueta energética da UE. Aquele pequeno “A” verde pode ser a característica mais inteligente de todas.